O aquecimento global chegou a um ponto em que não é só necessário diminuir as emissões de carbono, mas também reduzir as que já estão na atmosfera. Todas as metodologias disponíveis devem ser utilizadas, como a da Orca, a maior usina de captura de carbono do ar do mundo, que já está operando na Islândia.
Mas os ingleses da startup Brilliant Planet preferem uma abordagem mais natural e escalável ao problema: ao usar a água do mar e replicar as condições perfeitas de crescimento para a proliferação de algas, a empresa criou o que acredita serem as condições perfeitas para a captura de carbono de baixo custo. Nada mais inspirador do que a natureza e seu processo de fotossíntese.
O método aproveita um processo natural, que já acontece nos oceanos, sem a necessidade de água doce ou biorreatores - diferenciando a Brilliant Planet de outras empresas. Os grandes trunfos deste sistema são a escala, muito maior, e a capacidade de produção durante o ano todo - e não sazonalmente - como é vista na natureza. Ao final do ciclo, as plantas são secas e enterradas no deserto, armazenando o carbono que foi absorvido durante o processo.
A empresa afirma que suas usinas podem capturar mais carbono por área do que uma floresta tropical. “A diferença é que, quando uma árvore da floresta tropical cai, ela devolve 97% do carbono de volta à atmosfera, enquanto que podemos sequestrar todo ele”, afimou recentemente Raffael Jovine, um dos fundadores.
A Brilliant Planet, que recebeu um aporte de 12 milhões de dólares há poucas semanas, vem testando o processo em uma região costeira do deserto do Saara, no Marrocos, há quase cinco anos. Os resultados são encorajadores e os planos incluem instalações de demonstração maiores e uma instalação comercial até 2024.
Dica do TechCrunch