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Voar é para os barcos

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Oracle Team

A America's Cupé considerada a mais antiga prova internacional de esporte do mundo, remontando ao ano de 1851. Ao longo das décadas, seguidos avanços tecnológicos foram aplicados aos barcos participantes da competição, considerada hoje a Fórmula 1 dos mares. Mas, nenhuma inovação foi tão radical e determinante quanto a introdução, na edição de 2013, de uma poderosa "arma". Aproveitando uma brecha no regulamento, os neozelandeses trouxeram o catamarã Aotearoa, o primeiro barco da America's Cup a utilizar hidrofólios, recurso que desde o final do século 19 já era conhecido no mundo da náutica. Hidrofólios são asas que ficam submersas sob os cascos do barco e que projetam o mesmo para cima. Quando o catamarã está "voando", os cascos perdem contato com a água e o arrasto é muito menor – consequentemente, a velocidade aumenta muito. A partir da série de regatas realizadas naquele ano na baía de São Francisco, a America's Cup mudou para sempre.

Oracle Team

"Na prova de 2017, nosso objetivo é estar voando durante 100% do tempo das regatas". A frase de  Ian ‘Fresh’ Burns, engenheiro da equipe Oracle Team USA, dita em uma coletiva de imprensa realizada na véspera da apresentação do novo barco da equipe, em Bermudas, na semana passada, pode soar estranha para um membro de um time de corrida náutica. E se a equipe que mais permanece no ar leva vantagem, estabelecer parcerias com empresas que dominem este elemento parece fundamental. Não à toa, desde 2014 a equipe Oracle Team USA mantêm um acordo de troca de tecnologia com a francesa Airbus.

Oracle Team

O líder de desenvolvimento de negócios Pierre-Marie Belleau e uma equipe de mais de trinta engenheiros (dois em regime de dedicação integral, alocados no base do time americano em Bermudas) oferecem o que há de mais avançado em engenharia aeronáutica ao time americano: desde testes em simuladores na própria Airbus ao desenvolvimento de sistemas hidráulicos e de controle, passando por know-how em aerodinâmica, estrutura, materiais compostos, tecnologias de impressão 3D e processamento de dados. "Hoje, a similaridade entre aviões e barcos da America's Cup é evidente: a vela rígida do AC 50 (mais abaixo, um desenho do antecessor, o AC 45F) lembra muito a asa de um Airbus 320 enquanto que o hidrofólio pode ser comparado a um sharklet, a extremidade torcida desta parte do avião (imagens acima)", explicou Belleau, durante o evento.

Oracle Team

Mas os benefícios da parceria que poderia fluir como uma via de apenas uma mão, também impactaram positivamente os projetos da fabricante de aviões. "O processo de fabricação dos novos sharkletsda família Airbus 320, por exemplo, herdará parte da tecnologia desenvolvida para a produção do hidrofólio do barco AC 50. Também vamos incorporar no avião A350 XWB o que aprendemos sobre os sensores MEMS (micro-electro-mechanical systems ou sistemas micro-eletro-mecânicos) depois de termos criado uma versão específica dos mesmos para aferir dados precisos sobre a asa do barco, com o objetivo de otimizar o seu desempenho.", afirmou o engenheiro francês. "O Oracle Team USA é uma equipe pequena, como uma startup. O objetivo deles é chegar o mais próximo do limite, correndo todos os riscos. Já uma empresa grande como a Airbus precisa pensar em segurança para seus produtos. São metas diferentes, mas o resultado destas trocas de experiências e "mindsets" acaba sendo interessante para os dois lados", avalia Belleau.

Oracle Team

A 35ª edição da America's Cup acontecerá nas Ilhas Bermudas com uma série de regatas que serão realizadas entre os dias 25 de maio e 27 de junho deste ano. Que seja tão emocionante quanto em 2013, quando o Oracle Team Usa conseguiu aquela que é considerada uma das maiores, se não a maior, reviravolta de todos os tempos em uma competição. O time neozelândes estava ganhando por 8 a 1 é só precisava vencer a regata seguinte para sagrar-se campeão. Mas, liderados pelo capitão Jimmy Spithill, os americanos conseguiram virar o "jogo" para 9-8, conquistando, assim, o bicampeonato (confira no vídeo abaixo).


Israel se consolida como um polo mundial de cibersegurança

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Cybertech 2017

Celulares bloqueados à distância e só liberados depois do pagamento de uma determinada quantia. Quartos de bebê espionados através de babás eletrônicas controladas remotamente. Hotéis com as fechaduras eletrônicas das portas dos quartos inoperantes, e hóspedes impedidos de entrar ou sair. Cidades com abastecimento elétrico interrompido e milhares de habitantes sem luz e calefação durante horas. Países com resultados de eleições influenciados pelo vazamento seletivo de informações, com o objetivo de beneficiar candidatos específicos. Situações como estas estão atingindo, indiscriminadamente, o cidadão comum, estabelecimentos comerciais, plantas industriais e países inteiros com uma regularidade cada vez maior nos últimos anos. E o pior: a frequência com que ocorrem só tende a aumentar, assim como o poder de gerar prejuízos, seja no nível individual ou coletivo. Segundo dados da Microsoft, há dois ou três anos ocorriam cerca de 20 mil ataques cibernéticos por semana. Hoje, esse número chega a 700 mil.

CyberGym

A assustadora realidade é decorrente de um volume de atividades sem precedentes de hackers espalhados pelo mundo. Os perfis são os mais variados. Pode ser um profissional de TI insatisfeito com seu salário e que, em um expediente pessoal noturno, tenta levantar um troco com algum phishing bem-sucedido. Ou um grupo local ou multinacional de mercenários profissionais, organizado com metas de sucesso, horários e sistema de bônus. Talvez um lobo solitário querendo fazer a sua parte na revolução para mudar o mundo (seja lá o que isso signifique). Um gênio dos códigos apenas querendo “zoar na madruga” ou provar seus dotes cibernéticos para a namorada geek. Facções com convicções políticas interessadas em derrubar o inimigo. Ou funcionários de órgãos de inteligência de seus países. Infelizmente, a expansão de tecnologias em rede, que trazem grandes progressos para a humanidade, como computação em nuvem, internet das coisas e carros autônomos, acabam oferecendo mais oportunidades para ataques.

CyberSpark – Beersheva

Não à toa, o segmento de segurança digital é um dos que mais cresce na indústria da tecnologia. E um pequeno país, menor do que o estado de Sergipe, já foi alçado ao posto de segunda maior potência do setor, se considerarmos o volume de investimento, número de startups envolvidas, portfólio de soluções, quantidade de pesquisas e centros de desenvolvimento, número de acadêmicos envolvidos e qualidade dos profissionais disponíveis. Israel apresenta números gigantes quando o assunto é cibersegurança. Mais de 20% do investimento global no setor é dirigido a empresas ou centros de pesquisa localizados no país, atraindo desde pesos pesados como Cisco e Microsoft a investidores individuais como o ator Ashton Kutcher. São por volta de 500 startups focadas exclusivamente em cibersegurança e que já respondem por cerca de US$ 4 bi das exportações do país.

Estive recentemente em Israel, a convite da Embaixada do país em Brasília, para conferir “in loco” o que está acontecendo por lá nessa área. A ocasião não poderia ser melhor: a visita aconteceu durante a semana do Cybertech, o segundo maior evento global do setor, realizado anualmente em Tel Aviv desde 2014. Mas afinal, o que faz de Israel um líder mundial quando o assunto é cibersegurança? As pessoas, empresas e instituições que conheci durante o período que estive lá ajudam a responder.

Nadav Zafrir + Team8

Nadav Zafrir (Team8)

Embora seja um brigadeiro da reserva do exército, Nadav Zafrir pode ser tranquilamente confundido com um empresário do Vale do Silício: tem o physique du rôle, fala um inglês perfeito e apresenta seus projetos com entusiasmo e uma narrativa muito bem construída. É o CEO da Team8, companhia fundada por ele e outros sócios oriundos do exército, com o objetivo de funcionar como celeiro de startups focadas nos mais diversos aspectos da defesa cibernética. Microsoft, Qualcomm e Citigroup são alguns dos investidores da Team8 – com apenas dois anos de existência, a empresa já recebeu a injeção de 92 milhões de dólares. Zafrir tem a "credencial" mais importante para quem quer participar deste setor em Israel: é ex-integrante da famosa Unidade 8200, grupo de elite da Inteligência, responsável por todos os assuntos relacionados à coleta e análise de dados dentro das forças de defesa de Israel.

Membros da famosa Unidade 8200 da inteligência das forças de defesa de Israel

Ele fez parte da divisão por 25 anos, alcançando seu posto mais alto, até decidir sair para aplicar seus conhecimentos no setor privado. Conheci Zafrir em um encontro realizado na descolada sede da Team8, recém-inaugurada. Para Zafrir, a criação de uma área de inteligência militar forte quase concomitantemente com a fundação do país, em 1948, foi decisiva para Israel despontar como um polo de cibersegurança hoje. “As estratégias de defesa empregadas nas guerras do mundo real no passado são importantes ferramentas nos combates virtuais do presente e do futuro. Um dos pilares da nossa defesa é nosso contingente de reservistas, já que nossa população é muito menor do que a dos países que nos atacaram. Para vencermos as nossas guerras foi fundamental não somente antecipar a movimentação dos inimigos como ter a capacidade de, rapidamente, mobilizar essas pessoas. Não é um trabalho fácil, tanto na parte logística como na comunicação. Esse aprendizado foi extremamente importante”, explicou.

Soldados da reserva participando de um exercício surpresa em 2013

O processo de recrutamento dos jovens mais talentosos e promissores para a Unidade 8200 é outro fator importantíssimo, segundo Zafrir. O monitoramento começa quando esses jovens ainda estão no ensino médio, e o perfil desejado é o de pessoas que tenham a capacidade de aprender rápido e pensar criativamente, que saibam trabalhar em equipe e enfrentar problemas inesperados com soluções encontradas “fora da caixa”. “Se você escolhe os melhores candidatos, se os treina bem e lhes oferece o ambiente e as ferramentas para se desenvolverem, os frutos são maravilhosos", comenta Zafrir. A grande maioria dos jovens que ingressam na Unidade 8200, formada por milhares de integrantes, deixa o exército depois do período obrigatório. Ao saírem das forças armadas, esses profissionais altamente qualificados e talentosos têm algumas boas opções pela frente: um emprego em uma startup de cibersegurança, a possibilidade de aprofundar seus conhecimentos em universidades ou centros de pesquisa ou de fundar a própria empresa. Seja qual for o caminho escolhido, suas experiências e seu know how sobre guerra e inteligência cibernéticas acabam sendo absorvidos pelo setor privado.

Chemi Peres + Pitango

“No meu tempo, quando acabávamos de cumprir o período no exército, ficávamos meio perdidos, sem saber o que fazer da vida. Hoje, quando pergunto para os amigos do meu filho o que vão fazer depois do serviço militar, a resposta invariavelmente é: fundar uma startup e ficar rico”, comenta o simpático Chemi Peres. ​Filho do estadista Shimon Peres, Chemi é um dos maiores nomes do setor de startups e investimentos em empresas de tecnologia de Israel. Além do talento para descobrir e fomentar novos negócios, Chemi herdou do pai a atitude conciliadora. Ele é fundador e conselheiro do Pitango, o maior fundo de investimentos de capital de risco de Israel.

Cybertech

Em um bate-papo descontraído que aconteceu em um dos dias da Cybertech, Chemi disse que a própria maneira como o estado de Israel foi formado contribuiu para que fosse criada uma cultura propensa ao desenvolvimento tecnológico: "Israel é como uma startup: jovem e com inúmeros desafios para conseguir sobreviver. É formado por uma população de imigrantes que precisou começar tudo do zero. Nove entre dez israelenses são imigrantes ou filhos de imigrantes. E imigrantes são empreendedores por natureza, não podem ter aversão ao risco", comenta. O papel do estado como mola propulsora do desenvolvimento é outro fator determinante, segundo Peres. "O governo apoia fortemente a inovação, investindo em incubadoras e aceleradoras e criando um abiente saudável e convidativo a investimentos", resume.

Ofir Hason + CyberGym

Ofir Hason

A CyberGymé uma joint venture da consultoria CyberControl com a Israel Electric Corporation, a empresa de energia de Israel. Também foi criada por veteranos do serviço de inteligência de Israel e especialistas em segurança, entre eles, Ofir Hason. A ideia é oferecer aos seus clientes um programa de treinamento de seus funcionários contra ataques cibernéticos com uma dinâmica a mais realista possível. "Israel é o país mais atacado do mundo, e a IEC, a empresa civil mais atacada do país. Temos muita experiência em combates virtuais e pensamos que a melhor maneira de preparar outras empresas é recriar um ambiente de 'jogos de guerra' seguro para que os participantes possam praticar seus conhecimentos e aprender estratégias de defesa", explica Ofir.

Três times, separados em três casas localizadas na arena de treinamento da CyberGym, fazem exercícios simultaneamente. A equipe vermelha ataca enquanto a azul e a branca tentam se defender. Ao final das sessões de "combate", todos os dados são analisados em uma reunião com o objetivo de dar um feedback a todos envolvidos: a eficiência das estratégias usadas tanto no ataque quanto na defesa, o nível de estresse dos "jogadores" e a qualidade do trabalho em equipe são alguns dos parâmetros avaliados. "Essa vivência realista aumenta a capacidade de reação das pessoas. Quando o treinamento acaba, cada um dos participantes está muito mais alerta, seguro e capacitado para enfrentar os perigos reais onde trabalha, seja em instituições financeiras, governos ou empresas que atuam em funções críticas como na infraestrutura ou produção. "Todos têm de sair daqui aptos a 'esperar o inesperado', que é nosso mote", completa Hozan.

Benjamin Netanyahu + CyberSpark

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na abertura do evento Cybertech 2017

“O mundo está mudando. Basta um clique e você pode colocar nações de joelhos". O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, faz questão de estar presente na abertura de toda edição da Cybertech. Basta vê-lo discursando de improviso para perceber que há um envolvimento não apenas pontual com assuntos ligados a tecnologia. Os esforços do governo israelense no sentido de apoiar o setor, em especial em cibersegurança, estão permitindo que iniciativas como a construção do polo CyberSpark sejam bem-sucedidas.

O CyberSpark está localizado na cidade de Beersheva, no meio do deserto do Negev, e vai concentrar os maiores talentos do setor privado, do exército e da academia. É um ecossistema ideal, que mistura, em uma pequena cidade, alunos, professores e pesquisadores da Universidade Ben Gurion, reconhecida pela excelência de seu departamento de ciência da computação, funcionários de multinacionais como Cisco, Lockheed Martin, EMC, IBM e Oracle, jovens empresários de startups, sócios do JVP, o maior fundo de investimento de Israel, além de unidades de inteligência do exército e civil como a 8200 e o National Cyber Bureau, que estão migrando da região de Tel Aviv para lá. Tudo leva a crer que Beersheva está despontando como a capital cyber do mundo.

Polo de cibersegurança CyberSpark, localizado na cidade de Beersheva, sul de Israel

Vamos sobrevoar Marte?

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Marte

Eu tenho andado com Marte na cabeça. E não estou sozinho: o Trump e o Elon também. Tudo por conta da minha paixão pelos projetos da SpaceX, empresa do Elon mencionado acima, destinados à colonização do planeta vermelho. Paixão esta que foi turbinada recentemente, enquanto acompanho a inovadora série de ficção documental (existe essa categoria?) Marte, do canal National Geographic (trailer mais abaixo).

E agora, o cineasta finlandês Jan Fröjdman publica este maravilhoso vídeo acima, mais uma ficção documental, desta vez simulando o que seria um sobrevoo por Marte a partir de mais de 50 mil anáglifos (imagens em 3D) em alta resolução captadas pela câmera HiRISE, disponíveis gratuitamente online. Fröjdman costurou  este acervo digitalmente, na "munheca" (há programas que fazem isso, mas ele não os conhecia), para criar um passeio fantástico que revela a variada topografia do planeta que inclui, entre outras, a incrível região chamada de Cidade Inca pela forma como lembra as ruínas de uma cidade deste período.

O trabalho do cineasta durou três meses: ele escolheu 33 mil pontos de referência para criar os estudos em 3D, simulou travelings pelas imagens estáticas, os colorizou (os originais são em preto e branco) e transformou tudo em um delicioso passeio ficcional por Marte. "Esse filme não é uma obra científica. Como um entusiasta,  apenas tentei visualizar o planeta à minha maneira", comentou Jan no descritivo do vídeo que foi publicado na plataforma Vimeo. Vamos embarcar? 

Dica da Wired

Steve Jobs: seis faces de um visionário

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Exposição "Steve Jobs, O Visionário", em cartaz no Rio de Janeiro

Ele inventou o conceito que popularizou o computador pessoal: acessível, fácil de usar e comandado por interface gráfica, teclado e mouse. Transformou o cinema ao ousar investir na Pixar, um pequeno estúdio de animação, e desenvolver desenhos para a poderosa Disney. Com a criação do iPod e da loja virtual iTunes, revolucionou a maneira como armazenamos, escutamos e consumimos música (e depois filmes, games, revistas e outros conteúdos digitais). Fez do smartphone o centro das nossas vidas com a introdução do iPhone, com sua grande tela sensível ao toque, interface simples e intuitiva e funcionalidades ampliadas por aplicativos desenvolvidos por milhares de programadores do mundo todo e vendidos de uma maneira simples e rápida na loja virtual App Store. E introduziu no mercado uma nova categoria de gadget com o iPad, tablet para consumo de conteúdo digital que acabou tornando-se, também, uma versátil ferramenta de trabalho.

Steve Jobs, o homem que passou a personificar a revolução digital, deixou um legado que impacta – e continuará impactando a humanidade por várias décadas. Venerado, odiado, invejado, desprezado. Ao longo de sua vida, terminada em 2011, Jobs despertou os mais variados sentimentos nas pessoas com as quais se relacionou. Gênio, ladrão de ideias, homem de negócios carismático, traidor, guru, obsessivo, insensível, exímio formador de equipes de trabalho. Jobs foi isso tudo. E um pouco da vida e da obra deste que foi um dos maiores líderes do século 20 pode ser conferida na exposição inédita Steve Jobs, o visionário, inaugurada hoje no Rio de Janeiro. O público poderá ver objetos pessoais, filmes, produtos e fotos inéditas, entre outros itens, do mítico fundador da Apple.

Um dos raríssimos computadores Apple I ficará em exibição

A mostra, concebida pela Migliore+Servetto Architects, é dividida em seis áreas distintas: Negócios, Inovação, Sonho, Falência, Competição e Espiritualidade. A narrativa, inovadora, conta com recursos como realidade aumentada, um aplicativo especialmente desenvolvido e beacons – aparelhos com sensores de proximidade que emitem informações, por meio da tecnologia bluetooth, diretamente aos smartphones cadastrados.

Um raríssimo computador Apple I  faz parte da exibição

O projeto é a realização de um desejo antigo dos sócios da FullBrand Brasil. "Steve Jobs é uma grande inspiração. Ele sempre buscava apresentar tecnologias inovadoras através de uma interface fácil para o usuário. Porém, sua visão de mercado estava atrelada não apenas à forma de consumo, mas principalmente ao conteúdo de alta qualidade e criatividade enaltecido através da tecnologia", explica Marco Guidone, presidente da empresa.

A exposição acontece de terça a domingo (das 10h às 17h), no Prédio do Touring, no Pier Mauá, e vai até 7 de maio. A entrada custa R$ 10(R$ 5 a meia-entrada). Depois do Rio, a mostra segue para São Paulo, onde ficará instalada no Museu da Imagem e do Som (MIS), entre 15 de junho e 20 de agosto.

SpaceX faz história ao reutilizar um foguete com sucesso pela primeira vez

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Este feito abre uma nova era na exploração espacial: os custos dos lançamentos vão baixar consideravelmente daqui para a frente. O foguete partiu da mítica plataforma de lançamento 39A, no Kennedy Space Center, de onde saíram a maioria das missões Apollo e dos ônibus espaciais.

Parabéns a Elon Musk e equipe! E que venham muitos outros!

Com informações da Space.com

Noruega: inovação é a palavra de ordem para a mudança do modelo econômico

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Campo de petróleo de Ekofisk, Noruega

O dia 25 de outubro de 1969 mudou a história da Noruega. Em uma embarcação no Mar do Norte, o geólogo italiano Max Melli enviou a notícia que há muito o país da Escandinávia esperava: ele havia encontrado petróleo, confirmando a possibilidade de existência de imensos depósitos do óleo na costa norueguesa. Em pouco tempo a exploração do “ouro negro” teve início. Ajudado por um timing perfeito, bastaram algumas décadas para que o país, que até então tinha uma economia baseada na construção naval e na pesca, enriquecesse. Hoje, o petróleo é responsável por 67% das suas exportações e 22% do PIB. Mas os noruegueses sempre souberam que este fluxo de dinheiro um dia começaria a diminuir: afinal, o petróleo é um recurso finito e outras fontes de energia poderiam representar alternativas viáveis. Conhecidos por sua capacidade de planejamento para enfrentar invernos rigorosos e intempéries, já na década de 1970 eles traçaram uma estratégia para encarar a concorrência, os períodos de preços baixos e a prevista diminuição da produção de petróleo – que começará a cair em 2050 – e de sua demanda.

Vários locais da cidade oferecem eventos gratuitos durante a Semana de Inovação de Oslo

A medida mais importante foi a criação do Fundo do Petróleo (hoje, chamado de Fundo Soberano da Noruega), um colchão de poupança alimentado pelos lucros da indústria extrativa do combustível fóssil para ser utilizado quando necessário. Este fundo é o maior do planeta, com quase 900 bilhões de dólares em investimentos e 1% do mercado global de capitais. A poupança já está sendo usada para reforçar o caixa do governo e seus diversos programas sociais. A má notícia é que, daqui para a frente, as retiradas só tendem a aumentar.

O príncipe e a princesa da Noruega prestigiam eventos de novas tecnologias como a  Semana de Inovação de Oslo

A outra diretriz apontou o caminho a ser traçado para, gradativamente, criar um novo modelo econômico pós-exploração do petróleo. A meta é ousada: tornar a Noruega, em poucos anos, em um centro de inovação internacional estimulando startups e empreendimentos no mundo digital – em áreas como medicina, robótica, energia, serviços etc. O país tem vários trunfos na manga: a sociedade é altamente conectada, o país ostenta a maior taxa de usuários de smartphones na Europa, há uma boa oferta de profissionais qualificados que adquiriram conhecimento em empresas das indústrias petroleiras e marítimas e o ambiente de negócios é transparente e muito favorável. Com uma população pequena, de cerca de cinco milhões de habitantes, o mercado externo é o alvo. Por isso, vários eventos vêm acontecendo nos últimos anos para incluir o país no circuito “tech” global, promovendo intercâmbios com instituições, empresas e investidores do Vale do Silício, de Israel e de outros centros de tecnologia já estabelecidos.

O EpiShuttle é uma cápsula para o transporte seguro de pessoas com doenças contagiosas como o Ebola

A Oslo Innovation Weeké o maior deles: realizado anualmente desde 2006, no ano passado contou mais uma vez com as presenças ilustres do príncipe Haakon e da princesa Mette-Marit em sua cerimônia de abertura. Na edição de 2016 foram apresentados projetos interessantes e promissores como o robô social AV-1, destinado a crianças e adultos acamados. O AV-1, da startup No Isollation,  torna possível o contato com a família e colegas dos enfermos através da telepresença. Já a Forest Vision oferece um sistema de monitoramento muito preciso de florestas e outros ambientes com risco de degradação – a tecnologia empregada, baseada em satélites especiais, não é afetada por nuvens. O EpiShuttleé uma cápsula especialmente desenvolvida pela EpiGuard para o transporte seguro de pessoas com doenças contagiosas como o Ebola. Primeiro drone concebido para captar imagens subaquáticas, o Blueye tem dedo brasileiro na sua identidade visual. O projeto de branding do robô foi criada pelo escritório brasileiro da EGGS Design– o único da empresa fora da Noruega. Segundo Ulla Sommerfelt, CEO da consultoria de design, é muito importante o intercâmbio e a colaboração entre profissionais noruegueses com os de outros países que buscam um lugar no competitivo mercado de produtos inovadores, como é o caso do Brasil: “Estamos extremamente satisfeitos com a sinergia da matriz com o nosso escritório em Curitiba. Vejo muitas outras parcerias vencedoras como esta, no futuro”, explica Ulla, que comanda com entusiasmo a empresa que é a maior do seu setor na Noruega.

O Blueye é um drone subaquático que teve o branding desenvolvido pelo escritório brasileiro da empresa Eggs Design

Mas há obstáculos difíceis a serem transpostos nessa mudança de modelo econômico. Durante anos não houve muito incentivo à competição no mercado de trabalho, onde um encanador pode ganhar mais do que um médico. A Innovation Norwayé a agência do governo norueguês que funciona como a ponta de lança deste movimento, com mais de 35 escritórios atuando em cerca de in 30 países, incluindo o Brasil. Para Pal Naess, diretor da área de empreendedorismo e startups, é urgente que os jovens do país mudem de mentalidade: “Durante décadas, o ideal deles se resumia em encontrar um bom emprego nas áreas ligadas à indústria do petróleo. E isso não era difícil. Hoje a situação mudou, não existe mais essa zona de conforto. Nosso grande desafio é despertar o espírito empreendedor nesta geração”.

Conferindo projetos de realidade aumentada da Eggs Design com a CEO Ulla Sommerfelt

O que está acontecendo na Noruega deve ser observado de perto pelo Brasil. Como eles, somos um país dependente da exportação de commodities como minério, soja, petróleo, carne e açúcar. Mas, para ser relevante no mundo globalizado de hoje, é preciso estar a bordo do trem da inovação. De preferência, o mais perto possível do condutor, os Estados Unidos. A Noruega já embarcou nesta viagem.

Airing promete solução inovadora para acabar com ronco e apneia

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Airing

Um pequeno dispositivo desenvolvido por uma startup dos Estados Unidos pode facilitar a vida de quem sofre com ronco e apneia noturna. Se realmente funcionar, o Airing vai ser uma alternativa ao sistema mais usado hoje, que compreende bomba de ar, tubo e máscara. Descartável, sem usar fios, tubo e máscara e, melhor, sem fazer barulho, o aparelho emprega uma tecnologia proprietária que utiliza um conjunto de microventiladores compostos de bombas eletrostáticas. Quando ativadas, elas são capazes de produzir uma corrente de ar leve, mas suficientemente forte para promover a passagem de ar das narinas até os pulmões. Desta maneira, a interrupação da passagem do ar na garganta por conta do estreitamento ocasionado durante o sono é evitada. 

O aparelho usa uma bateria de zinco-ar (como as utilizadas em dispositivos para melhorar a audição) que não é recarregável – por isso, é descartável. A previsão é que o custo unitário final ao consumidor gire na faixa de três dólares, ou cerca de R$ 10. Os criadores afirmam que os seguros médicos dos EUA poderão rembolsar os seus clientes, fazendo com que o preço da unidade caia para US$ 0,60 (cerca de R$ 2).

Airing

O Airing foi lançado em uma campanha de financiamento coletivo e arrecadou perto de 2 milhões de dólares (US$ 1.817.387,00), quase nove vezes mais do que pretendia. Mas ainda precisa ter a aprovação do FDA, o órgão americano que controla e certifica alimentos e medicamentos. Ainda não há data de seu lançamento comercial.

'Inovanças' brasileiras no Museu do Amanhã

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 A temida folha seca do Didi, o prático aplicativo Hand Talk, a barata e funcional lâmpada de Moser, o método de gastronomia alternativa criado pela Favela Orgânica, a mochila que vira skate Movpak. High tech, inovação social, low tech.

Com as assinaturas de Luiz Alberto Oliveira, curador-geral, e Leonardo Menezes, gerente de Conteúdo e Exposições, Inovanças: Criações à Brasileira é a nova exposição temporária do Museu do Amanhã que estreia amanhã às 10h e permanece até o dia 22 de outubro. Eu fico muito feliz de ter contribuído para o projeto, pesquisando e sugerindo exemplos de inovações brasileiras, como os citados acima, que estão expostos no espaço de 600 m². Inspirado no filme “Dogville", o ambiente é todo aberto, sem paredes, para lembrar que o processo criativo é fluido e sem obstáculos.

Inovanças

"A diversidade é a inovação da vida. E a inovação independe de gênero, idade, região, classe social, escolaridade e identidade. É possível lapidar ideias em soluções, trazendo melhorias para milhares de pessoas no Brasil e no mundo", explica Luiz Alberto Oliveira.

As invenções são apresentadas em vídeos, com declarações de seus criadores e, presencialmente, com a exposição de objetos. Com muitas interatividades, as sete áreas da exposição remetem a diferentes características que a inovação brasileira apresenta, incluindo o conceito da inovação expandida e homenagens a personagens da nossa história, além de outros que fizeram do improviso a matéria-prima do seu trabalho.

Confira um pouco da exposição no vídeo 360 graus gravado e editado pelo Alexandre Salem, da Que Vista.

Imperdível!


Duas visões sobre as realidades virtual, aumentada e mista

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Estive recentemente com duas profissionais de criação que estão profundamente envolvidas com a produção de conteúdos e discussões sobre as possibilidades das realidades virtual, aumentada e mista: a futurista e pioneira da área, Monika Bielskyte, e a sócia e diretora de criação do estúdio Superuber, Liana Brazil.

Monika ministrou, há alguns dias, um workshop sobre o assunto na Superuber e tive a chance de bater um papo com elas. Confiram nos vídeos alguns insights e dicas para quem quer trabalhar nestas áreas tão novas. 

Microsoft, quem diria, tornou-se uma fabricante de hardwares inovadores

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"O mundo gira e a Lusitana roda" e o mercado de hardware – principalmente de computadores de mesa, laptops ou híbridos – também passa por mudanças muito interessantes. Foi-se o tempo em que a Apple podia tirar onda de descolada e ousada para cima da Microsoft, que produzia apenas um sistema operacional complicado, softwares sem graça para o mercado corporativo e alguns periféricos sem importância.

Nos últimos anos é a empresa fundada por Bill Gates que vem apresentando produtos inovadores e arrojados. O lançamento da linha Surface, em outubro de 2012, foi o pontapé inicial desta bem-vinda nova fase da Microsoft. Não que ela não já tivesse produzido bons hardwares no passado. Mas, com exceção do console de games Xbox, somente alguns mouses e teclados haviam se destacado – no campo negativo, o fracasso do tocador de músicas Zune, da pulseira Band e da mal fadada aquisição da Nokia para entrar no mercado de smartphones com a linha Lumia contribuíram para um histórico negativo da empresa.

As primeiras gerações do híbrido computador + tablet Surface também não agradaram ao público, incluindo a mim, que estava querendo uma solução diferente para a minha produtividade (escrevi no blog sobre esta busca). Mas, a partir do lançamento do Surface Pro 3, a coisa mudou de figura. O Pro 3 realmente entregava o que a Microsoft prometia: um tablet que substituia o laptop. E depois veio o Pro 4, ainda mais leve, com uma tela maior e um teclado destacável melhor. E ainda, o Surface Book, um híbrido para quem ainda sentia falta de um teclado destacável mais firme e uma placa gráfica dedicada.

E o que dizer do Surface Studio? O belíssimo desktop all-in-one com tela super fina foi pensado para os que trabalham com produção de conteúdo e criatividade – diga-se de passagem, uma área que era completamente dominada pela Apple. O Studio traz inovações como a Surface Dial, um periférico em forma de disco que facilita o trabalho ao permitir a interação e controle de objetos na tela do dispositivo, entre outras funções. E para finalizar a linha Surface, que também conta com a tela inteligente gigante Surface Hub, para apresentações, o recém-lançado Surface Laptopé direcionado a quem quer um laptop tradicional. O laptop é super leve, vem com uma tela de alta resolução (2256 x 1504 pixels) sensível ao toque, acabamento do teclado em tecido e alto-falantes escondidos debaixo do chassis.

No segmento de realidades aumentada, virtual e mista, o HoloLens demonstra que a computação vai sair das nossas mesas e mãos para ser vestida. Os óculos de computação holográfica colocam a Microsoft na frente da Apple também neste novíssimo segmento.

Enquanto a Microsoft apresentou estes novos hardwares em menos de cinco anos, a Apple não trouxe nenhuma novidade apaixonante. Os iPhones, MacBooks e iPads continuam excelentes em termos de qualidade mas, pouco a pouco, vão perdendo o seu encanto e mostrando as rugas. Tem que ver isso aí, Tim Cook!

Veja também:

>> A produtividade no futuro, na visão de uma Microsoft mais arrojada

>> Microsoft apresenta o Surface Pro 3

>> A casa do futuro, segundo a Microsoft

 

Roupa biológica tem aletas móveis que resfriam o corpo de atletas

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Roupa biológica

Desenvolvida pelos pesquisadores do Tangible Media Group, do MIT, essas roupas são capazes de resfriarem a temperatura dos atletas com pequenas aletas móveis. Feixes de bactérias E. coli cultivadas em laboratório acrescentados com impressoras 3D funcionam como atuadores biológicos.

Quando submetidos ao calor e suor, elas expandem, fazendo com que as aletas fiquem abertas. Quando a temperatura do atleta cai, as bactérias se contraem, fechando as aletas. O projeto, chamado de bioLogic, tem como objetivo demonstrar as possibilidades dos biomateriais.

Dica do Futurism

Cruzando o Vale da Estranheza

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Hiroshi Ishiguro, o criador da androide Erica

Segundo o professor de robótica Masahiro Mori, o Vale da Estranheza (do inglês "Uncanny Valley") é um lugar onde nós somos transportados quando entramos em contato com réplicas quase perfeitas de seres humanos, sejam elas físicas, como robôs, ou virtuais, criadas em computação gráfica e animações.

O Vale da Estranheza

O sentimento que vivenciamos é de um certo incômodo, a tal da estranheza da expressão – quase uma repulsa. Representações humanas não realistas despertam empatia, como o garoto Andy da animação "Toy Story" ou C3PO, de "Guerra nas Estrelas", ou mais rudimentares e cartunescos ainda, como Wall-E ou os humanos caricatos do desenho animado sobre o robozinho. Conforme a semelhança com seres humanos vai aumentando e chega bem perto do realismo, atinge-se o ponto que nos leva ao Vale da Estranheza. É humano ou não? Embora nossa percepção diga que sim, há algo estranho – e o nosso subconsciente aciona instintos primitivos que tentam categorizar o que é nossa espécie (amigo) e o que não é (inimigo). Mas, segundo a teoria de Mori, se esta fronteira é ultrapassada, voltamos a ter afeição pelos nossos "replicantes".

Cunhada lá atrás, em 1970, quando a robótica e a computação gráfica engatinhavam, a expressão ganha força quando vemos estes vídeos que mostram androides como Sophia, desenvolvida pela Hanson, ou Erica, a "geminoide" obra-prima de Hiroshi Ishiguro, o  engenheiro japonês que está ao lado de seu sósia cibernético na imagem mais acima. Ou a personagem Saya (abaixo), criada em computação gráfica pela dupla de designers (também japonesa!) Telyuka.

Vale da Estranheza (Uncanny Valley)

Saya, personagem criada em computação gráfica pelos designers Teruyuki e Yuka

Avanços em inteligência artificial, robótica, eletrônica e fabricação de materiais que imitam a pele humana nos fazem vilsumbrar, em um futuro próximo, androides cada vez mais realistas. Na computação gráfica, há o desafio de criar não apenas imagens estáticas de Saya e personagens como ela. A cópia dos movimentos humanos é muito complexa e demanda muito tempo de trabalho, além de ser dificílima de ser reproduzida de maneira realista. 

Ainda não chegamos ao mundo de Ex-Machina ou Westworld mas, com certeza, estamos mais perto do fim da subida do vale.

Table Pong e Super Pong: duas releituras do cultuado game da Atari

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Table Pong Project

Trazer a diversão de um dos games mais famosos do mundo virtual para o real é a proposta de dois projetos concebidos por empresas sul-americanas. O Table Pong  é uma mesa onde o Pong sai das telas para ser jogado com rebatedores retângulares e uma bola quadrada que se movem através de um sistema que utiliza imãs.

Table Pong Project

Criada por hackers uruguaios liderados por Daniel Perdomo, em seus tempos livres, ao longo de dois anos (confira no vídeo mais abaixo), o projeto está na plataforma de financiamento coletivo Kickstarter – uma unidade pode ser adquirida por algo em torno de 900 dólares (fora o custo do envio).

Pong Table Project

Além de funcionar como o arcade, a mesa tem quatro saídas USB para recarregar smartphones, tablets e afins, vem com alto-falantes para tocar músicas via streaming bluetooth e placar digital. Quando não está em uso, o placar do jogo vira um relógio e basta fechar as suas duas tampas para transformá-lo em uma mesa para curtir um café ou uma cerveja.

Já na concepção da carioca SuperUber com o seu Super Pong (acima), a "pegada" é juntar o sucesso da Atari com a nossa paixão nacional, o futebol, e proporcionar uma diversão coletiva (já joguei e está aprovadíssimo!). Até quatro pessoas de cada lado podem participar desta mistura de totó/pebolim e Pong – a instalação já foi exibida com sucesso em vários países pelo mundo afora. Os jogadores contam com uma torcida virtual que reaje aos lances de cada time e a trilha sonora inclui trechos inspirados no samba e samples com sons clássicos em 8-bits. A SuperUber vende o Super Pong, o preço é sob consulta.

E eu acabei ficando com vontade de passar uma tarde em um fliperama ;-)

O Stratolaunch sai da casca

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Stratolaunch

Estas são as primeiras imagens do Stratolaunch, o avião com a maior envergadura (tamanho das asas) produzido até hoje, fora do seu hangar. O Stratolaunch foi concebido para ser uma alternativa aos foguetes que saem do solo na missão de levar cargas compactas para o espaço.

Stratolaunch

Foguetes presos à sua "barriga" são acionados quando o avião atinge 10 mil metros e voam para lançar suas cargas em órbitas baixas. O projeto é da empresa Stratolaunch Systems, criada por Paul Allen, cofundador da Microsoft. 

Stratolaunch

O avião tem duas cabines, 28 rodas, seis motores como os de um Boeing 747 e pesa 227 toneladas. Pode levar até cerca de 250 toneladas de carga e precisa de longos 3,6 quilômetros de pista para decolar – contra 2 km, em média, dos aviões convencionais. O primeiro teste deve acontecer em 2019. 

Stratolaunch

Mochilas voadoras, as jetpacks, finalmente começam a decolar

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A JetPack Aviationé a que está mais perto de oferecer ao mercado uma verdadeira mochila voadora funcional. Depois de mais de 40 anos de pesquisas e desenvovimento, o modelo JB-10 é a sua mais nova versão. Tem velocidade máxima de 160 km/h, pode voar a até 3 mil metros de altitude e tem uma autonomia de entre cinco e dez minutos, dependendo do uso do combustível.

JetPack Aviation

Como ainda é muito difícil "domar" o equipamento, a empresa está investindo em um centro de treinamento com simuladores para qualificar futuros interessados. O lançamento do produto é previsto para este ano.

Já a neozelandesa Martin Jetpack tem uma concepção utilitária. O seu modelo é mais um veículo de transporte do que uma mochila voadora. Pode voar por 30 minutos, alcançar 20 quilômetros de distância, levar até 100 kg (incluindo o piloto), conta com a ajuda de computador na navegação e estabilização e, como ítem de segurança, possui um sistema de paraquedas para o caso de falha dos motores. Tem a possibilidade de ser controlada à distância, o que a faz uma alternativa em resgates e acesso a áreas de risco para a entrega medicamentos e outras cargas. 

Martin JetPack

Voando por fora, temos o ex-fuzileiro britânico Richard Browning (da imagem do começo do post) e sua roupa vestível Daedalus, desenvolvido pela startup Gravity. A Daedalus, parecida com a armadura do Homem de Ferro, possui seis miniturbinas: duas em cada braço e duas posicionadas nas costas, na linha da cintura. Para voar com o equipamento é necessário um incrível preparo físico e treinamento, mas Browning planeja desenvolver a roupa para que seja mais "user friendly" em suas próximas versões.


Xbox One X, levando a potência dos consoles a um novo patamar

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Xbox One X

Seis teraflops de capacidade de processamento para a reprodução de gráficos em 4K (Ultra HD), memória RAM com 12 GB GDDR5, largura de banda de memória com velocidade de 326 GB/s, chip gráfico Radeon com 40 unidades computacionais e clock de 1.172 MHz, processador central com oito núcleos e frequência de 2,3 GHz, blu-ray player e três saídas USB 3.0. Para quem não entende este tecniquês todo, basta saber: o novo console da Microsoft, o XboX One X, é o mais poderoso jamais fabricado, 40% mais potente do que a concorrência (leia-se PlayStation 4 Pro)  e quatro vezes mais rápido que o Xbox One original. E o que é melhor, a Microsoft conseguiu colocar todo este poder em um console muito compacto.

Chamado anteriormente de projeto Scorpio, o Xbox One X foi apresentado oficialmente no maior evento de games do mundo, o E3, esta semana. Ele chega ao mercado no dia 7 de novembro, com o preço de 500 dólares nos Estados Unidos. Segundo o G1, poderá ser lançado ainda este ano no Brasil.

Xbox One X

Smartduvet Breeze, um edredon inteligente que pode salvar muitos casamentos

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Smartduvet Breeze

Depois do ronco, a escolha da temperatura do quarto de dormir é certamente um dos assuntos que mais geram discussões entre casais. Quente demais para um, frio demais para outro. Pensando neste dilema doméstico, a Smartduvet– startup canadense que já havia criado um sistema que faz a cama sozinho – está lançando o Smartduvet Breeze, que permite escolher a temperatura de cada lado do edredon.

Smartduvet Breeze

Controlado por um aplicativo, o sistema é formado por uma camada inflável que é ligada a uma caixa de controle posicionada embaixo da cama. Esta caixa, uma espécie de bomba de ar silenciosa, leva um fluxo de ar quente ou frio para o lado desejado da cama. Além de resolver o problema da temperatura, o Smartduvet Breeze evita a formação de fungos proveniente do suor e ajuda na economia de energia, já que pode substituir o sistema de aquecimento/ar condicionado à noite, segundo seus criadores.

O Smartduvet Breeze já atingiu mais de 1000% da meta na campanha de financiamento coletivo, custa cerca de 200 dólares e a previsão é que as entregas sejam iniciadas em setembro. Ao lado do Airing, que evita roncos, pode salvar muitos casamentos.

Dica do The Verge

Este avião supersônico desenvolvido pela NASA pode ser o novo Concorde

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NASA X-plane

Desde a introdução, em 1953, do primeiro jato comercial, o de Havilland Comet (imagem mais abaixo) – portanto há mais de 60 anos – viajamos de avião a uma velocidade máxima próxima dos 850 km/h. Após tantas décadas, o tempo que se leva para chegar de um ponto a outro no mundo não diminuiu: ao contrário, aumentou, principalmente por conta de problemas como um tráfego aéreo muito maior e procedimentos de segurança mais demorados em aeroportos. Já fiquei, em uma viagem do Rio a São Paulo, mais tempo no avião aguardando a sinalização da torre de controle para decolarmos do que em voo.

Com exceção da época em que o belíssimo Concorde (e com passagens caríssimas) voou, nenhum estudo em relação ao aumento da velocidade dos aviões comerciais transformou-se em iniciativas com viabilidade de chegar ao mercado. A NASA quer mudar isso com o seu projeto X-Plane Quiet Supersonic Transport ou QueSST, algo como Transporte Supersônico Silencioso. A agência espacial americana aprovou nesta semana as diretrizes gerais do design, o chamado "preliminary design review" (PDR), desta nova categoria de avião.

de Havilland Comet

O novo avião experimental, também chamado de Low Boom Flight Demonstration (LBFD), tem a missão de, com o seu design, comprovar a possibilidade de atenuar o problema do estrondo que os aviões supersônicos fazem quando ultrapassam a barreira do som – um dos maiores impeditivos da volta comercial desta categoria de aviões. Hoje, só é permitido que ultrapassem a barreira do som sobre o mar, longe das cidades.

X-PlaneCom um enorme e pontiagudo nariz, o projeto será tocado pela Lockeed Martin, que terminou recentemente testes em túnel de vento supersônico com um modelo do avião, atingindo bons resultados. Mas ainda há um longo caminho pela frente. O primeiro teste com um avião real (mas com dimensões menores do que a de um jato comercial) só será realizado, se o cronograma não atrasar, em 2021. 

Orii, um anel inteligente que transforma seu dedo em um telefone

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Orii

Atender a ligações e controlar assistentes digitais levando o dedo ao rosto? Com o anel inteligente Orii, isso é possível. A mágica está na estimulação auditiva pela condução óssea.

Os criadores do Orii querem que as pessoas deixem seus fones bluetooth em casa e seus smartphones nos bolsos. Basta parear o anel com o smartphone para atender ou fazer ligações, ditar mensagens e programar alertas ou qualquer das inúmeras funcionalidades que as assistentes virtuais permitem por comando de voz.

O Orii funciona com smartphones que rodam iOS e Android e possui uma luz LED, para notificações, que pode ser customizada. Sua bateria permite uma hora e meia de ligações e 40 horas em stand-by e o dispositivo é resistente à água.

Orii

O anel está a venda por cerca de 120 dólares na campanha de financiamento coletivo da plataforma Kickstarter e a previsão de entrega das primeiras unidades é em fevereiro de 2018.

Dica do Wearable

Debates, oficinas, Mostra Maker e muito mais no HackPUC

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HackPUC

Amanhã começa o segundo final de semana do festival de cultura digital HackPUC. E a programação é intensa: a Mostra Makeré uma feira que apresenta projetos criativos de design, robótica e impressão 3D. Todos podem interagir e se divertir.

HackPUC

A Startup Raceé uma competição entre diferentes equipes, que contam com mentores para orientá-las a idealizar uma startup inovadora e viável. No final, o negócio desenvolvido é apresentado a uma banca de jurados e investidores.

HackPUC

No Laboratório Criativo, atividades práticas e divertidas com a utilização de tecnologias digitais como programação, eletrônica e robótica são oferecidas a crianças e jovens entre 5 e 17 anos.

HackPUC

E no HackTudo, o centro de debates que tem a curadoria e mediação deste que vos escreve, painéis e apresentações sobre temas como Tecnologia e Educação, Computação Cognitiva, Blockchain e muito mais. Tudo gratuito!

HackPUC

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